Terça-feira, 21 de Outubro de 2008

Descobri minha Sexualidade

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A vida reserva-nos muitas vezes surpresas que primeiro nos assustam e depois transformam-se em delicias.
Sou psicóloga clinica e sou casada.
Sei que sou uma mulher atraente e o meu marido é louco por mim, como também é louco por sexo. As mulheres olham para mim frequentemente com olhares ávidos. Consigo perceber isso. Na minha feminilidade, ´não deixo de admirar também as mulheres bonitas e sensuais, porque eu também sou sensual e muito. Embora no meu tempo da faculdade, tivesse tido oportunidades de me envolver com outras companheiras, e havia algumas que não escondiam essa tendência, nunca fui adepta do amor lésbico. Mas na minha prática profissional, tenho visto de tudo e essa faceta do amor já foi algumas vezes confidenciado no meu consultório.

Todavia mantive-me sempre longe, aliás como convém a uma psicóloga. Tenta compreender, ajudar, mas não deve envolver-se com os seus pacientes. Mas como diz o povo, nunca digas que desta água não beberei! Eu conto. Um dia, depois de um telefonema prévio a marcar consulta, recebi no meu consultório uma paciente que logo à entrada me deixou siderada pela sua extraordinária beleza, de rosto e de corpo. Disse-lhe para se sentar, o que ela fez com uma elegância rara, mostrando um pouco das suas pernas e com um sorriso triste. Perguntei-lhe o nome, e todos os dados que me permitissem traçar de imediato um primeiro perfil. Respondendo à pergunta que lhe fiz sobre a razão porque me procurou, ela disse que se sentia muito receosa e tímida pois o que tinha para contar era demasiado delicado e intimo. -Bom, disse-lhe eu - comigo pode e deve estar à vontade porque certamente foi para ser ajudada que veio aqui, não é verdade? - Sim, foi. Mas o que vou dizer nunca o disse a ninguém e custa muito. Sinto-me perdida e a Drª tem de me ajudar, por favor.

Neste momento começa a chorar e eu fiquei um tanto atrapalhada pois lido mal com lágrimas. De qualquer modo tentei fortalece-la, dizendo-lhe que chorar não era remédio. Que tinha de se abrir comigo, pois só dessa maneira a poderia ajudar. - A Drª é casada? - perguntou ela (ah, o seu nome é Regina). Fiquei surpreendida com a pergunta mas disse que sim. - Não me leve a mal, disse Regina. Não sou indiscreta. Mas eu penso que uma mulher casada pode entender melhor o que sinto. Eu já fui casada, como já sabe quando lhe disse há pouco que era divorciada, para fazer a minha ficha. - E então, o seu problema vem do casamento falhado? - Olhe doutora, eu vou mesmo ter de lhe contar tudo, não é? Então aqui vai. O meu marido gostava muito de mim e eu gostava dele. Mas ele tinha umas ideias muito especiais sobre a sexualidade e estava sempre a falar-me de fazermos um trio com outra mulher, porque isso enriqueceria muito a nossa vida sexual. Eu retorquia-lhe que nem ele nem eu sabiamos que eu iria gostar da experiência. (Nesta altura lembrei-me que o meu marido também costuma insinuar o mesmo no calor do sexo e que nesses momentos dizemos tudo e mais alguma coisa) - Isso não é tão invulgar como poderá pensar, Regina. - Eu sei, mas o que é invulgar foi o que aconteceu depois de eu ter consentido.

Também estava curiosa. Quando via uns filmes pornos lá em casa e havia cenas lésbicas, eu ficava sempre a palpitar. Um dia disse-lhe que ele podia arranjar as coisas para termos essa experiência, mas que fosse com alguém de confiança. Ele respondeu-me que podia estar tranquila, pois sabia de um clube de swing onde podiamos ir,e eu é que escolheria. Que todas as pessoas que frequentavam esse clube eram casadas e a maior parte da média e alta sociedade. Numa Sexta-feira, à noite, lá fomos. Vesti-me de maneira simples mas sexy, ou seja vestido curto, com decote, saltos altos, bem maquilhada. Estava, como o meu marido disse, uma loucura de mulher. A casa era uma vivenda agradável e fomos recebidos por um casal muito simpático que nos apresentou a outros que já lá estavam. Eu estava muito encabulada. O ambiente era discreto, com um música suave e todos se comportavam como se estivessem num lugar qualquer. Dois pares começaram a dançar e um casal aproximou-se nós, sentaram-se, ela no meio de nós os dois e ele ao meu lado direito. A conversa foi trivial até ao momento em que ela perguntou-me se podia dançar com ela.

A princípio fiquei sem saber o que responder, mas depois de olhar para o meu marido, disse que sim. E lá fomos. Ela enlaçou-me logo pela cintura e quando começamos a dançar já me sentia presa nos seus braços com a cabeça dela encostada à minha face. Senti-me envergonhada e tentei afasta-la com delicadeza. Ela olhou para mim, com olhos muito inquiridores, mas meigos e disse-me: É a primeira vez, não é? - Sim é, disse eu.- Não tenha receio, se gosta de fazer amor, as mulheres são as melhores parceiras, acredite. E agarrou-me outra vez. Deixei-me ir, tentei esquecer onde estava e embebi-me na música. Pouco tempo depois, voltamos ao nosso lugar e vi que o meu marido estava enrolado com outra senhora, juntamente com o marido da minha companheira de dança. Parece, minha amiga que já estamos aqui a mais. Vamos ali ao bar tomar qualquer coisa e vamos conversando. Lá fomos, bebi um vodka com laranja que me deixou logo estonteada pois tinha jantado muito pouco, por causa dos nervos. Mas serviu para me relaxar. Fomos dançar novamente, mas dessa vez eu já estava mais descontraída e dispus-me a gozar o momento, pensando para comigo, vamos lá ver o que isto vai dar.

Bom, doutora, as coisas foram-se desenrolando, eu partilhava as caricias desse amiga, retribua e acabamos as duas num dos quartos da casa a fazer sexo como doidas. Adorei e fiquei muito surpreendida comigo própria. A noite acabou com os dois maridos que, entretanto, tinham entrado e foi sexo a quatro. - Até aqui, Regina, nada do que me contou me diz qual é o problema. A Regina não foi obrigada, gostou da experiência e até aí, não vejo qualquer situação que possa perturba-la.(Só eu sabia como estava por dentro, toda molhada. E ouvir este relato por aquela Regina que era a mulher mais bonita que já tinha visto, inquietou-me de verdade). - O problema, doutora, veio depois, meses mais tarde. Nós voltamos a esse clube mais vezes, envolvemo-nos com outros casais, mas comecei a descobrir que gostava mais de mulheres. Os homens já não me excitavam. Até que me apaixonei pela mulher do meu irmão. O pior é que a minha cunhada é muito religiosa e não quer nem ouvir falar de sexo homo. Sabe o que é a paixão, doutora? Pois é! Para piorar, vim a descobrir, num daqueles encontros no clube, que o meu marido, também era bi-sexual.

Numa daquelas noites, dei com ele a mamar outro homem. A partir daí, as nossas relações esfriaram e acabamos por nos divorciar. - Oh Regina, se você gosta de mulheres porque é que o seu marido não pode gostar de homens? Isso é descriminação, não acha? - Talvez seja, doutora, mas eu não suporto um homem que viva comigo a fazer amor com outro homem. Não consigo explicar melhor, mas enoja-me. - E essa história com a sua cunhada? - Não dá em nada, e eu ando louca. - E se distrair com outra mulher, já experimentou? - Já, doutora, e não fiquei melhor. - Olhe Regina, o seu caso não é muito vulgar. Tenho de pensar bem nele. Temos de ter mais sessões para eu poder analisar bem a situação. Marcamos para a próxima semana, se lhe der jeito, está bem?Entretanto, se houver algum problema, telefone-me ou para aqui ou para o meu tlm.

Na semana seguinte, Regina telefonou-me a perguntar se a podia receber nesse mesmo dia. Olhei a agenda, e disse-lhe que sim, mas só depois das seis horas, porque depois já não tinha mais pacientes. No fundo eu adivinhava também que queria estar com a Regina, tranquila e sem pensar no próximo cliente. Devo dizer que nos dias que antecederam a segunda consulta, a Regina não me saía da cabeça. Cada vez que pensava na história dela, eu ficava excitada. À hora marcada, seis horas, a Regina entrou-me no consultório ainda mais esplendorosa. Para além do bom gosto, via-se que era pessoa de posses. O que ela vestia era de marca e ela era tão natural e tão sedutora, que me fazia inveja embora eu saiba que tambem eu sou muito elegante e nada de deitar fora... Depois de me apertar a mão, deu-me um beijo na face e sentou-se. Ainda estava mais inquieta do que da primeira vez, pareceu-me. - Então, Regina, como foi esta semana? - A doutora pensou no meu caso? - Olhe Regina, vamos combinar uma coisa. O meu nome é Helena, como sabe, e daqui em diante vamos tratar-nos pelos nossos nomes. Está bem? - Por mim, tudo bem,...Helena, - e sorriu com os seus olhos castanho-esverdeados, olhando-me de maneira diferente. - Regina, diga-me então como foram estes dias. - Posso ser franca? - perguntou Regina - Claro que sim, de outra maneira não a posso ajudar. - Eu devo ser muito louca, mesmo. - Porque diz isso? - Porque desde que conheci a Helena, a minha cunhada começou a sair-me da cabeça e do coração.

Eu fiquei a palpitar, e um suor frio escorreu-me pelas costas. O que virá a seguir? perguntei a mim própria. - Regina, que quer dizer com isso? - Desculpe, Helena, se sou atrevida demais, mas eu não tenho nada a perder. Gostei muito de si e da maneira como lidou comigo no outro dia. Parece ser uma pessoa muito sensível, e demais a mais é uma mulher deliciosa. - Como sabe que sou deliciosa, Regina ?( e arrependi-me logo desta pergunta). - Acha que não é, Helena? - Não sei, as outras pessoas é que podem dizer isso. - Pela minha experiência com mulheres, e não é tão grande como se podertá pensar, vejo que a Helena também é uma pessoa carente. Carente daquele sexo que só as mulheres sabem fazer e dar. - Bem, Regina, eu sou casada, nunca tive carências desse género e o meu marido tem chegado bem para mim. - Nunca teve nada com qualquer mulher, Helena? - Não. Na Faculdade havia duas que me queriam conquistar mas eu nunca me deixei levar. - Fica zangada comigo se eu tentar conquista-la, Helena? - Não, não fico, mas a Regina é que pode piorar das suas obsessões sexuais.

Mas já agora, como pensa em conquistar-me? Regina ficou calada. Depois levantou-se e preparou-se para sair. - Regina porque vai embora? - perguntei - Porque já vi que a Helena é uma pessoa muito firme e determinada. Eu não sou. Sou fraca e quanto mais tempo eu ficar aqui, pior para mim. Eu levantei-me, aproximei-me dela, e disse-lhe baixinho: eu também sou fraca, Regina. Ela abraçou-me de repente, com as suas mãos pegou na minha cabeça, olhou-me nos olhos e deu-me um beijo na boca. Eu fiquei plantada, sem saber o que fazer. Ela deu-me outro beijo, agora mais longo e com surpresa minha eu correspondi. As nossas linguas enrolaram-se num beijo molhado que não acabava mais, nem eu queria. Sentia-me a pairar no céu, e aquela boca era tão doce, tão meiga! Ela começou a despir-me e eu não ofereci resitência. Puxou-me para o sofá que tenho no gabinete, deitou-me ali, e começou a beijar-me os mamilos e dizia-me, és tão bela Helena, tens uns seios tão bonitos!

Eu ia ficando cada vez mais louca e as minhas mãos pousaram na cabeça dela e depois foram acariciar os seios dela que eram ainda rijos e muito perfeitos.Ajudei-a a despir-se também e aí vi como ela era bela. Se fosse modelo, tinha as passereles todas aos seus pés. Regina, de joelhos beijava o meu ventre e a sua lingua ia descendo até que parou. Olhou para cima e perguntou - Queres? Eu estava doente de desejo, e só pude dizer sim, Regina, faz o que quiseres de mim. Possuiu-me toda com a aquela lingua doida. Caimos no chão, e eu também quiz sentir o sabor do seu sexo. Beijei-a toda,e mergulhei a minha lingua nela, naquela grutinha toda húmida. Amamo-nos durante duas horas. No fim, ela disse-me: Amo-te Helena e eu respondi, eu também te amo, Regina, desde o primeiro dia. -Ah, eu sabia, amor. Meu amor! E beijava, beijava com o sol nos olhos.

E foi assim que eu descobri que eu era BI-Sexual.

publicado por Contos dos Leitores da Atrevida às 03:03
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